Você chega no final do mês, olha para sua carteira e ela está mais vazia do que igreja no carnaval. Você abre o app do seu banco e se pergunta, “Aonde foi?” É o caso de uma grande parte das pessoas.
O problema é que elas culpam o chefe por pagar pouco; Culpam o governo por taxar tanto; Culpam a economia por inflar tanto; Mas nunca culpam a si mesmas. Pensam que se tivessem mais dinheiro, esse problema não existiria.
Acreditam que se um pote de ouro aparecesse na porta com o suficiente para pagar por todos os seus gastos até o final da vida, seus problemas estariam resolvidos. É aí onde se enganam. A maioria não consegue lidar nem com o pouco que ganha, quem derá com uma fortuna. 70% dos ganhadores de loteria perdem suas fortunas e voltam para onde estavam em poucos anos. Existe um ditado que diz, “Se dividissem todo dinheiro existente igualmente para todo o mundo, em pouco tempo ele estaria de volta nos mesmos bolsos.”
Na maioria dos casos, se falta dinheiro no final do mês, não é por ganhar pouco, é por administrar mal. Não é o tanto, é o como. Se o Neymar gastasse mais do que ganha, ele também ficaria endividado. As pessoas pensam que por não ganharem muito, que elas têm pouco; Mas a verdade é que por não saberem como lidar com o pouco, que não têm muito.
Abraham Lincoln disse, “Se quer testar o caráter de um homem, dê poder a ele.” Se um homem for mal, o poder ampliará sua maldade. Se for bom, o poder ampliará sua bondade. É o mesmo com dinheiro. Se você administra mal o seu dinheiro e de repente começa a ganhar mais, apenas fará dívidas maiores. Se você administra bem e de repente começa a ganhar mais, acumulará mais dinheiro.
“Disse-lhe o senhor, “Muito bem, bom e fiel servo! Você provou que pode cuidar do pouco. Eu farei com que cuide de muitas coisas..”
—Matheus 25:21
Se for bom no pouco, será bom no muito. É sobre quem você é, não sobre quanto tem.
Introdução
Se você quer que sobre mais dinheiro no final do mês, sem necessariamente ter que aumentar seu salário, apenas mude a forma como usa o seu dinheiro. No livro, O Homem Mais Rico da Babilônia, tem os melhores caminhos para fazer isso. Ele prova com diversas histórias, que depende muito mais de como você lida, do que do tanto que ganha. Conta histórias de escravos que se tornaram afortunados; De um homem que atingiu o fundo do posso, mas se tornou o homem mais rico da babilônia.
Ao ler, você pensa que o livro vai te entregar segredos mágicos sobre como ganhar mais dinheiro, mas não, te dá respostas que você já sabe, porém não põe em prática. Mas o óbvio precisa ser dito, e praticado. Já percebeu que a verdade é simples? Como um professor de futebol certa vez me disse, “O mais difícil é jogar fácil.” A verdade é simples, mas difícil de ser posta em prática.
Gaste menos do que ganha
A primeira coisa que eu aprendi é que você não deve gastar tudo o que ganha. Muitos para cada R$1 que ganham, gastam R$1,50 — Por isso se endividam. Agora, se para cada R$1 que você ganha, você gasta R$0,80 e guarda R$0,20, por mais pouco que seja, vai sobrar — E essa sobra se acumulará, e algum dia você vai poder usá-la para uma emergência, ou investimento. Quando você gasta mais do que ganha, acumula dívidas. Quando gasta menos do que ganha, acumula dinheiro.
Quando eu comecei a pôr isso em prática, decidi gastar apenas 70% do meu salário e guardar 30%. Depois, quando comecei a ganhar mais, decidi gastar apenas 50% do meu salário. Isso significa que os outros 50% eram poupados e investidos.
Após um tempo, todo aquele dinheiro acumulou e começou a me trazer retornos cada vez maiores, além de servir como uma reserva de emergência. Vivo assim até hoje e essa reserva apenas cresce e me traz paz mental.
Elimine os gastos supérfluos
Sei que é difícil. Muitos quando começam a fazer isso estão gastando 110% do que ganham. O meu conselho é diminuir aos poucos. E para fazer isso, não há outro caminho, você precisa diminuir os gastos.
Isso me leva ao segundo maior aprendizado desse livro; Dívidas são os maiores extratores de dinheiro. Basta se perguntar, se você não tivesse a parcela do carro, teria mais dinheiro no final de cada mês? Se não tivesse a parcela da casa, teria mais dinheiro no final do mês? Se não tivesse um avalanche acumulado na fatura do cartão, teria mais dinheiro?
Você pode dizer, “Ah, mas existem despesas que são necessárias.” Sim, é verdade. É aí onde entra a melhor forma de dividir o que são gastos supérfluos e gastos necessários. Necessidades X desejos.
As necessidades cruciais são: Comida, Abrigo com energia, água e gás, Transporte e Saúde. Só. Todo o resto é desejo. Comer fora não é uma necessidade, é desejo. Netflix, Prime video, Star+ e Disney não são necessidades, são desejos. Roupa nova todo mês não é uma necessidade, é desejo.
São coisas boas e úteis, claro. A questão é, se você precisa gastar menos, sacrifique os desejos.
“Um homem rico não é um homem com muito dinheiro, é um homem com poucos desejos.”
—Richard Oliveira
Diminuir esses gastos fará com que mais dinheiro sobre no final do mês. Assim você poderá poupar ou investir. Poderá começar a viver com apenas 80% do salário, 70%, ou até menos.
Elimine as grandes dívidas
Uma terceira lição do livro é se livrar das grandes dívidas. Você pode cortar gastos supérfluos, mas ainda assim ter uma fatura gigantesca no cartão. Talvez essa fatura tome metade do seu salário todos os meses.
É uma prisão que muitos acabam entrando. Você começa a trabalhar e te perguntam, “Quando vai comprar seu carro?” Você vai lá e compra. Agora a parcela é metade do seu salário. Após 4 anos ralados, você paga a última parcela dele. Agora te perguntam, “Quando vai comprar sua casa?” A essa altura você provavelmente já ganhou um aumento, por isso se enxerga com um poder de compra maior. Então você vai lá e compra a casa. Mais uma vez, metade do seu salário comprometido por vários anos.
Não há um segredo mágico para lidar com isso. Agora que você já comprou por livre e espontânea pressão da sociedade; Você tem que pagar, liquidar, amortizar essas dívidas. E agora que você diminuiu os gastos supérfluos, pode dedicar o tanto que gastava com eles para fazer isso.
Quebre o hábito
“Ah, mas e quando eu terminar de pagar, devo voltar a usar o cartão ou fazer dívidas?” As dívidas só são um problema quando comprometem toda sua vida financeira. Como eu já disse, dívidas que comem metade do seu salário são um grande problema. O que eu pessoalmente faço é colocar limites, tetos. Eu me limito a ter uma fatura de cartão que não ultrapasse 5% do meu salário. Eu me limito comprar algo apenas se eu tiver, no mínimo, o dobro do valor na minha conta. Dessa forma, dívidas nunca se tornam um fardo.
O que acontece com as pessoas que caem nessas armadilhas de comprar algo de um alto valor sem ter condições, é criar o hábito. O hábito de querer algo muito bom agora, mas sofrer com o esforço para tê-lo depois.
Isso é de natureza. Nós, seres humanos, não queremos dor, mas queremos prazer. Ou seja, quanto mais prazer, melhor, quanto mais dor, pior. É por isso que queremos o prazer de ter agora, mas parcelamos a dor para o futuro.
Entretanto, vamos encarar, todos já sabemos onde esse caminho leva. Todos conhecemos aquele Joe que curtiu a juventude inteira e na vida adulta sofreu o triplo.
O caminho de prazer agora e dor depois não funciona. É o mesmo com suas finanças. Se você cria o hábito de comprar agora e só pagar depois, vai acabar sempre lotando o seu cartão de crédito e a fatura só vai subir e subir. É esse o hábito que deve ser tratado.
Crie o hábito de sofrer antes e curtir depois. Trabalhar agora, se esforçar agora, fazer agora, comprar depois. Compre quando for o momento certo para comprar, não quando for possível.
Conclusão
Essas são somente algumas ideias que tirei desse livro. Confesso que li ele recentemente, entretanto, eu já colocava tudo isso em prática. Só serviu de confirmação para mim. Por isso, falo por experiência que o que há nele funciona.
Tem muito mais no livro. Não dá para cobrir tudo em um artigo curto. Por isso, se você quiser aprender a manter, multiplicar e acumular dinheiro, esse é o livro. Ele é de fácil entendimento, pois os princípios são passados através de histórias e porque, mais uma vez, a verdade é simples.
No fim das contas, basta gastar muito menos do que ganha, para sobrar muito mais no final do mês. Bastar ter menos desejos, para ter mais dinheiro. Esses são os caminhos para sempre ter dinheiro. Para se tornar aquele amigo que nunca está liso.
* Nenhum dos conselhos e ideias nesse artigo devem substituir os de um profissional. São apenas as minhas opiniões e experiências pessoais. Portanto, é por sua conta em risco seguí-los.